Com vencimento para o próximo dia 30, o acordo automotivo entre Brasil e Argentina foi renovado no último dia 25 pelo Ministério da Indústria, Comércio e Serviço. Agora, o prazo para a nova aliança ficou para 2020.
Conforme a nota do ministério, o acordo foi firmado após reuniões do Comitê Automotivo Brasil/Argentina que aconteceram nos dias 23 e 24 de junho. O objetivo da decisão é assegurar a integração produtiva e comercial, segundo o órgão, para garantir o livre comércio entre os países no setor automotivo, até 2020.
De acordo com a pasta, para cada dólar importado ao Brasil pela Argentina em autopeças e veículos, sem incidências de impostos, a nossa vizinha pode importar 1,5 dólar em produtos brasileiros. “Estabeleceu-se que a relação entre o valor das importações e exportações entre as partes, dos produtos administrados, deverá observar o coeficiente de desvio sobre as exportações – flex – não superior a 1,5 no período de cinco anos (01/07/2015 a 30/06/2020)”, explicita o governo na nota divulgada.
Ainda segundo a pasta, a começar do dia primeiro de julho de 2019, “se alcançadas as condições para o aprofundamento da integração produtiva e o desenvolvimento equilibrado de estruturas produtivas e de comércio”, o acordo sofrerá alteração e começará a prever que, para cada dólar que a Argentina exportar, poderá importar 1,7 dólar.
Confira a nota divulgada pelo Ministério da Indústria, Comércio e Serviços:
Comunicado Negociação do Setor Automotivo Brasil/Argentina
Nos dias 23 e 24 de junho de 2016, realizou-se reunião do Comitê Automotivo Brasil/Argentina, que concluiu as negociações das condições para o comércio do setor entre os dois países, que prevê uma agenda de trabalho, com foco na integração produtiva e comercial equilibrada que possibilite o livre comércio a partir de 2020.
Estabeleceu-se que a relação entre o valor das importações e exportações entre as partes, dos produtos administrados, deverá observar o coeficiente de desvio sobre as exportações – flex – não superior a 1,5 no período de cinco anos (01/07/2015 a 30/06/2020).
A partir de 1º de julho de 2019, se alcançadas as condições para o aprofundamento da integração produtiva e o desenvolvimento equilibrado de estruturas produtivas e de comércio, o flex do comércio bilateral do setor automotivo será de 1,7, após prévio acordo entre as partes.
Trata-se de setor preponderante para a economia, responsável por aproximadamente metade do fluxo comercial entre os dois países. O acordo de longo prazo trará benefícios mútuos, ao conferir maior previsibilidade ao setor.
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, comemorou o resultado. "Depois de muita negociação, chegamos a um acordo por mais quatro anos que traz muita previsibilidade para o setor e que estabelece bases para o livre comércio automotivo a partir de 2020, uma grande vitória para a indústria nacional", disse.