Estado de Minas POLÊMICA

Mitsubishi envolvida em manipulação de dados em veículos

Fraude ocorreu em 625 mil dos chamados 'kei cars'; Ações da fabricante despencaram mais de 15% na Bolsa de Tóquio


postado em 20/04/2016 17:07

A fabricante japonesa de veículos Mitsubishi Motors informou através de coletiva de imprensa em Tóqui que manipulou dados sobre eficiência energética de seus miniveículos, os chamados "kei cars", um caso que afeta cerca de 625 mil automóveis desse tipo vendidos no Japão. A manipulação refletia dados melhores que os reais de eficiência energética, explicou o presidente da companhia, Tetsuro Aikawa.

 

O EK Space é produzido pela Mitsubishi desde 2013 e comercializado apenas no mercado japonês(foto: Mitsubishi / Divulgacação)
O EK Space é produzido pela Mitsubishi desde 2013 e comercializado apenas no mercado japonês (foto: Mitsubishi / Divulgacação)
 

 

A fraude dos testes ocorreu por meio de uma modificação da pressão de ar aplicada aos pneus, o que influenciou os dados sobre o consumo de combustível divulgados às autoridades japonesas sobre 4 modelos de miniveículos (que possuem motores inferiores a 660 centímetros cúbicos) comercializados no Japão. São afetadas 157 mil unidades dos modelos ek Wagon e ek Space produzidos pela Mitsubishi desde 2013, e outras 468 mil unidades do Dayz e do Dayz Roox, que são produzidos pela Mitsubishi e comercializados pela Nissan.

A montadora descobriu que os dados eram equivocados após realizar uma pesquisa interna, cujos resultados foram transferidos às autoridades japonesas. O responsável da Mitsubishi acrescentou que a companhia decidiu interomper a produção e a comercialização de todos os modelos citados e pediu desculpas aos consumidores afetados, para os quais a empresa estuda oferecer compensações. Investigaçõespara descobrir quais os responsáveis pelo caso já estão em andamento.

 

Além disso, o presidente da companhia afirmou ainda que, considerando a gravidade do caso, a empresa vai revisar os dados sobre consumo energético de outros modelos exportados para outros países, cujos testes variam segundo cada legislação nacional.

As ações da fabricante japonesa despencaram hoje mais de 15% na Bolsa de Tóquio depois que a companhia fez o pronunciamento. Foi a maior queda desde julho de 2014.

 

 

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