Tóquio - Do outro lado do mundo, no espaço dos carros exóticos e criativos, em um lugar que você talvez se apaixone, pela simplicidade, pelo necessário sem exagero. O Tokyo Motor Show mostra até o final da semana um universo particular, longe de ser copiado pelo resto do planeta.
A 44ª edição é focada em conceitos compactos, dezenas deles chamados de kei cars, os carrinhos que possuem motor de 0,66 litro (menos de 1.0) e geram 65 cavalos de potência. Também por aqui automóveis futuristas e alguns concepts (veículos que nascem e morrem para exposições).
Mas você poderá me perguntar sobre os esportivos de alta performance. Por onde andam? Por aí, longe da bienal que trouxe dos europeus apenas algumas das tentações que sugerem pé no canto do acelerador.
Dá para ver a BMW M4 GTS, o Porsche GT3, os novos 911 (todos turbos agora), o Mercedes-Benz AMG e o Alfa Romeo 4C. Pronto. De carro bravo somente isso. Tem Audi A4 e Q7 e Jaguar F-Pace. De fora, um ou outro veículo em estande de acessórios. O resto é japonês.
Foco na economia, criatividade, célula de hidrogênio, como revelam Toyota com o Mirai e a Honda com o Clarity. Os híbridos estão cada vez mais presentes na vida do cidadão local. O Japão exporta tecnologia e os jovens do amanhã vão encontrar cada vez mais segurança e conectividade. Os valores são outros.
Como os da Yamaha que apresentou seu Sports Ride Concept, sua terceira tentativa de produzir um veículo. Um cupê de apenas 750 kg e 3,9 metros de comprimento por 1,72 m de largura e 1,17 m de altura. Dois lugares, elegância a bordo e sensação de pilotar uma motocicleta veloz. O conceito que sobra em fibra de carbono na projetação de Gordon Murrai, simplesmente o criador do McLaren F1. Não existem dados oficiais sobre a motorização. A marca também mostra sua moto autônoma, batizada de Motobot.
*Viajou a convite da Anfavea