Estado de Minas TEST-DRIVE

Mitsubishi ASX: jogando em várias posições

Poucos veículos se enquadram tão bem na definição de crossover como o modelo


postado em 20/10/2015 12:40


Por definição, o segmento dos crossovers é a união de
características de carros urbanos e de veículos utili-
tários. Nunca esteve tão em alta no país, lançar um SUV
(utilitário esportivo) com "pegada" urbana. E o maior desafio dos fabricantes é conseguir equilibrar os pontos fortes de cada lado. Mas nem todos conseguem.

Os dois atuais xodós do mercado brasileiro, o Honda HR-V e o Jeep Renegade mostram bem como os crossovers podem ser bem distintos e, mesmo assim, disputarem as mesmas garagens. Enquanto o primeiro, com visual ousado e cheio de curvas, é pura modernidade e fala a língua das ruas, o segundo tem o DNA retrô da Jeep, com formas quadradas e lama
"correndo nas veias". Só que eles não são totalmente urbanos nem aventureiros, são "híbridos" e, por isso conseguem agradar a mais de um público.

 

Cromados dão requinte ao
Cromados dão requinte ao "bocão" na grade dianteira, uma marca registrada do crossover (foto: Bruno Vasconcelos/DP/D.A Press )
 

 

A Mitsubishi, uma das marcas mais associadas ao estilo off road no mundo, vem trazendo seus utilitários para a cidade. Uma dos responsáveis por essa transição da terra para o asfalto foi a TR4 (ou Pajerinho, como era conhecido o SUV compacto no Brasil). Como o queridinho dos revendedores se aposentou no ano passado, coube ao ASX continuar a missão de ser misto. E não é que a marca conseguiu na medida!

Sobriedade
O ASX consegue como nenhum outro no segmento reunir
as duas características dos crossover sem pesar muito mais para um lado: urbano (como o HR-V ou Peugeot 2008) ou off-road (como Duster ou Renegade).

Suas linhas externas são sóbrias e ao mesmo tempo modernas. Não fazem o consumidor mais ousado torcer o nariz, tampouco o mais aventureiro enjoar com tantos vincos. Podemos dizer o mesmo do interior. Poucos cromados e tudo está ali ao alcance do motorista.

 

A traseira é mais sóbria, sem cromados e vincos fortes(foto: Bruno Vasconcelos/DP/D.A Press )
A traseira é mais sóbria, sem cromados e vincos fortes (foto: Bruno Vasconcelos/DP/D.A Press )
 

 

A posição de dirigir é bem variada. Se você gosta de se sentir alto ao volante, além da altura avantajada do carro, o ajuste elevado do banco (elétrico na versão testada) deixa sua cabeça bem perto do teto e a visibilidade fica bem ampla. O volante também se ajusta, possibilitando ao motorista definir, com precisão, a melhor forma de dirigir.

Força

 A mecânica do ASX também tem variantes. Enquanto seu motor 2.0 de 160 cavalos entrega o desempenho de um utilitário forte, o câmbio CVT que simula seis velocidades garante suavidade que se busca no trânsito travado da cidade. Esse tipo de transmissão tira qualquer esportividade que poderia restar em um automóvel, mas como a ideia da marca não é aguçar o lado "piloto de fórmula" dos clientes, o ASX está bem equipado sob o capô. Outro aspecto que faz o crossover da Mitsubishi tender mais para o público urbano é sua suspensão, que privilegia o conforto, no estilo "sedã tiozão".

No geral, o ASX é uma escolha que não vai fazer o cliente se arrepender. Se a escolha for no Mitsubishi com opção de tração 4x4, você poderá usar o carro durante a semana para as atribuições da rotina, com segurança e conforto, e quando chegar o final de semana, enfrentar uma aventura leve com a família.

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