Depois que admitiu ter instalado em 11 milhões de veículos a diesel em todo o mundo um dispositivo que altera resultados sobre emissões de poluentes, as dificuldades só se acumulam para a Volkswagen.
A montadora tcheca Skoda admitiu nesta segunda-feira ter equipado 1,2 milhão de veículos com o software da casa matriz Volkswagen elaborado para falsificar os controles de emissões de gases poluentes dos motores diesel.
"Posso confirmar que, no que diz respeito à marca Skoda em todo o mundo, são 1,2 milhão de veículos equipados com o software que a VW instalou em um total de onze milhões de carros”, afirmou o porta-voz da empresa em Praga, Jozef Balaz.
2,1 milhões de carros com software que adultera resultados são da marca Audi
A montadora Audi admitiu nesta segunda-feira ter equipado 2,1 milhões de seus modelos premium com o software da matriz Volkswagen elaborado para fraudar os controles de emissões poluentes dos motores diesel.
Quase 1,4 milhão dos veículos foram destinados ao mercado europeu, incluindo 577.000 para a Alemanha. O mercado americano recebeu 13.000.
Os motores afetados correspondem a modelos como A1m A3, A4 y A6, assim como o esportivo TT e os Q3 e Q5.
A Volkswagen, que possui 12 marcas de veículos, admitiu na semana passada que 11 milhões de carros contavam com o software, o que provocou uma forte queda da ação da empresa na Bolsa e vários processos judiciais.
Nesta segunda-feira, a ação da VW operava em queda de 6% na Bolsa de Frankfurt.
Alemanha dá prazo para Volkswagen para resolver escândalo dos motores
A Alemanha intimou a Volkswagen a apresentar antes de 7 de outubro um plano de medidas técnicas para resolver o escândalo dos carros a diesel equipados com um software de falsificação de emissões de gases poluentes, informou um porta-voz do ministério do Turismo.
A Autoridade Federal de Transportes (KBA) exigiu que a Volkswagen apresente "medidas vinculantes e um calendário de implementação de soluções técnicas para os veículos afetados. A KBA deu de prazo à companhia até 7 de outubro", assinalou Martin Susteck.
Por outro lado, a promotoria alemã anunciou nesta segunda-feira a abertura de uma investigação por fraude contra o ex-presidente da montadora alemã, Martin Winterkorn, obrigado a renunciar na semana passada por causa do escândalo.
"A Promotoria Pública de Brunswick abriu investigação contra Martin Winterkorn por denúncias de fraude na venda de veículos com valores de emissões [contaminantes] falsificados", afirma o comunicado oficial.