Na maioria dos carros, a revisão costuma ser recomendada a cada seis meses ou 10 mil quilômetros rodados. Nela, os mecânicos vão checar o funcionamento de componentes como filtro de ar, filtro do óleo, bateria e amortecedores. É possível, no entanto, que mesmo submetidos à checagem periódica, alguns desses itens apresentem falhas precoces. É aí que você entra: para garantir sua segurança e conforto, é fundamental compreeender os sinais do carro.
Segundo o mecânico Waltônio Cysneiros, o maior erro dos motoristas é ignorar os prazos de troca de determinadas peças. "O filtro de ar, por exemplo, dura uma média de um ano ou 30 mil quilômetros. Muita gente ignora esses prazos porque o veículo ainda está em funcionamento. Mas adiar a manutenção pode prejudicar outros componentes internos e encarecê-la", comenta. Há ainda quem empurre o prazo de revisão com a barriga sob a justificativa de dirigir pouco. "Caso o tempo tenha sido atingido, não importa se a quilometragem não foi. O desuso do carro também causa comprometimentos. Quem o utiliza em trajetos pequenos, por exemplo, acaba não permitindo que a temperatura ideal de funcionamento seja atingida, o que faz a unidade demandar mais combustível", complementa Waltônio.
Mudanças
O primeiro mandamento da economia é sensibilidade. Waltônio explica que alterações no comportamento do carro não devem ser ignoradas. "Quanto mais intimidade com o veículo o motorista tiver, mais rápido vai perceber as diferenças na condução, que vão indicar ao mecânico quais peças precisam de reparos", coloca. Para dar uma mãozinha ao menos cuidadosos, o Vrum elaborou uma cartilha com os sinais que cada componente dá qua que cada componente dá quando precisa de correções.
Amortecedor
Sintoma: Instabilidade nas curvas e dificuldade de manter o equilíbrio em manobras são indicativos de que talvez o amortecedor tenha estourado. Caso se confirme a suspeita é necessária a substituição.
Período de troca: Recomenda-se que seja feita a cada 40 mil quilômetros rodados.
Sistema de freios
Sintoma: Se o pedal estiver mais mole ou mais rígido do que o normal, pode haver vazamento na conexão onde circula o fluido de freio ou problemas no cilindro de freio. A trepidação também pode indicar risco de deficiências na frenagem.
Período de troca: É checado nas próprias revisões programadas.
Velas de ignição
Sintoma: O motor apresenta irregularidades nas acelerações, o que faz o veículo falhar e "engasgar".
Período de troca: Substituições a cada 50 mil quilômetros.
Bateria
Sintoma: Quando a partida é dada, ela ocorre lentamente? É possível que a bateria não esteja mais armazenando carga suficiente. Como sua função é justamente acumular energia, quando o equipamento não consegue trabalhar corretamente ele pode até impedir que o veículo seja ligado.
Período de troca: Por lei, o mínimo de garantia que as fabricantes precisam dar ao consumidor é de 3 meses. As fabricantes costumam oferecer dois anos.
Óleo
Sintoma: Manchas de óleo onde o carango for estacionado indicam seu vazamento. Com nível da substância reduzido, o carro fica mais beberrão e força o motor a trabalhar em condições inapropriadas.
Período de troca: Pode mudar de acordo com a marca, mas costuma ser realizada a cada 5 mil quilômetros, no caso dos minerais ou 10 mil quilômetros, quando se trata dos sintéticos.
Veículos de uso severo
Em carros que passam mais de oito horas funcionando por dia, o ideal é encurtar o período de revisões pela metade. Assim, os taxistas, por exemplo, precisam levar seus carros à oficina de três em três meses ou após rodarem 5 mil quilômetros.