Estado de Minas ENTREVISTA

Confira entrevista com Paulo Perez, diretor da Shineray Motos no Brasil

Fábrica da Shineray será inaugurada nesta segunda-feira em Pernambuco


postado em 29/06/2015 09:48 / atualizado em 29/06/2015 09:56

 Paulo Perez, diretor da Shineray Motos no Brasil(foto: Paulo Paiva/ DP/ DA Press)
Paulo Perez, diretor da Shineray Motos no Brasil (foto: Paulo Paiva/ DP/ DA Press)
 

 

A fábrica da Shineray aqui em Pernambuco já deveria ter começado a funcionar desde o primeiro semestre do ano passado, porém alguns detalhes, como atraso na entrega do maquinário, impediram a inauguração. Porém, agora é para valer! A unidade de 210 m2 começará a funcionar nesta segunda-feira com a produção de duas cinquentinhas: a Fenix e a Jet. O investimento é de R$ 140 milhões. Em 2015 a capacidade total de produção só deve ser atingida em outubro ou novembro, quando começa a segunda etapa do projeto e mais quatro modelos serão fabricados: dois de 150 cc (Fire e New Explorer), a Jet 125 cc e a Discover 250 cc. O ano de 2016, o da esperança para a economia do país, será iniciado com carga total e a fábrica deve atingir a produção máxima de 150 mil unidades/ano. Em uma conversa com a equipe do Vrum, o diretor da Shineray Motos no Brasil, Paulo Perez conta um pouco mais sobre o novo empreendimento.

Desde quando vocês têm trabalhado nesse projeto?
Desde 2010. Será a primeira montagem de motocicletas do Brasil fora de Manaus. Tivemos alguns problemas com o maquinário e burocracias, mas a primaira etapa está pronta.

Por que Pernambuco?
É o estado que mais cresce no Brasil e a renda da população tem crescido. A gente vinha acompanhando a evolução de Suape, que é um dos melhores portos do Brasil em vários sentidos, mas principalmente na organização. Tem uma área de logística grande e o grupo é pernambucano.

Quais os benefícios para os clientes com essa fábrica?
A rede de concessionárias terá motos montadas no mesmo padrão. O revendedor poderá aumentar o seu showroom e o estoque não precisará ser tão grande porque a fonte estará perto deles. Já o consumidor receberá a moto já pronta. Um outro ponto crucial é que o dólar influencia muito o preço do nosso produto, até então, mas a partir da montagem na região, os preços devem ficar mais estáveis.

A marca tem outros projetos para o estado?

Temos uma segunda etapa desse mesmo projeto já desenhada, planejada para começar em outubro. Que envolve uma construção maior, iríamos para 100 mil metros de área construída.

Como a Shineray pretende lidar com a crise? Será o melhor momento?
O investimento já vinha ocorrendo antes dessa crise. O Brasil não vai se acabar em 2015. Esse é um ano de ajustes. É natural que haja essa desconfiança. Trabalhamos com reflexões de longo prazo e mesmo com tudo isso, Pernambuco continua crescendo. Temos uma visão otimista, claro que temos que cortar excessos e coisas que sejam desnecessárias, mas no final devemos atingir nossas metas de fabricação e venda.

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