Um dos momentos mais esperados na vida de uma mulher é o casamento, um sonho que muitas preferem realizar em maio, o mês das noivas. Tudo é preparado com todo o cuidado, meses e até anos antes da data tão sonhada da cerimônia. É uma lista interminável: buffet, convite, decoração da igreja, vestido e vários outros detalhes que passam aos criteriosos olhos das noivas. Até o automóvel que a levará até ao local do casamento entrou para essa lista e os noivos estão cada vez mais criativos.
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Chegar na igreja em um Chevrolet Bel-Air 1956 pode ser um sonho de todas as noivas em um casamento clássico. O antigo sedã foi usado pela relações públicas Camila Resende, incentivada pelo noivo. “Foi perfeito, me senti uma princesa com esse carro”, comenta a noiva.
Outro modelo clássico foi a escolha do pai de Cristina Salgado. “Meu pai ficou frustrado por não escolher o carro no casamento dos meus irmãos, por isso fez questão de comprar um Jaguar XJ 1994, que foi usado na minha cerimônia. De tão empolgado ele ficou, nos emocionamos”, explica.
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O espírito descolado do casal pode ser representado na chegada e na saída deles. O representante comercial André Marques e a empresária Clara Marques escolheram um BMW Z4. O pai da noiva a levou com a capota fechada e na saída o noivo assumiu o Z4 e os dois deixaram a igreja com o conversível descoberto sob aplausos dos convidados.
Ainda emocionada com o 'sim' dito na igreja, a enfermeira Diana Bomtempo teve outra surpresa do lado de fora preparada pelo noivo, o veterinário Adriano de Faria. Os dois saíram da cerimônia em um triciclo pilotado por ele. “Foi demais andar pelas ruas congestionadas da cidade, parar no trânsito, acelerar e ver todos os carros em volta buzinando, fazendo a festa com a gente”, disse o noivo.
DOSE TRIPLA
O casamento das irmãs Pereira foi um acontecimento em Contagem. Casar as três filhas ao mesmo tempo era um sonho do pai. Na noite de 24 de novembro de 2007, Raquel, Danielle e Melina chegaram à igreja São Gonçalo, no centro da cidade, cada uma em um Fiat Stilo de cores diferentes. “A ideia veio da Danielle, pois no pátio da igreja não caberiam os três carros clássicos que queríamos e nós três não poderíamos chegar em um único carro, então o Stilo foi perfeito pelo tamanho, couberam os três na porta da igreja”, explica Raquel Pereira, que chegou no Stilo prata. Os três noivos chegaram à celebração em um Fiat 147, xodó de um dos rapazes.
EMERGÊNCIAS MATRIMONIAIS
Chegar em uma ambulância no próprio casamento foi algo absolutamente normal para a enfermeira Carolina Calixto. “Meu cunhado foi quem ficou responsável pelo carro que me levaria à igreja, mas estava difícil e ele me falou que não havia conseguido e eu brinquei dizendo que teria que chegar de ambulância e ele duvidou”, explicou a noiva. A partir daí ela pensou em fazer uma surpresa bem diferente ao marido. Quando a ambulância Iveco parou na porta da igreja, os convidados acharam que alguém estava passando mal. “Todos saíram desesperados da igreja para ver o que estava acontecendo, mas foi muito engraçado e deu tudo certo”, completa. Quando a porta do veículo foi aberta, lá estava a noiva, sentada na maca da ambulância, que foi emprestada por um amigo.
No casamento de uma oficial do Corpo de Bombeiros, nada mais original do que ir para a igreja em uma viatura. Foi o que fez a 2ª Tenente do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Daniela Sardinha. Nesse caso foi ainda mais original, pois o veículo oficial é o mais antigo da frota da corporação, o clássico American La France, modelo Invader, fabricado em 1959 em Nova York. Apesar de aposentado dos trabalhos de combate a incêndios, o clássico ainda deixa a garagem em ocasiões especiais e de comoção popular, como o cortejo fúnebre dos ex-presidentes Tancredo Neves (1985), Itamar Franco e do ex-vice-presidente José Alencar (2011).
